Código: 4623

As Bolcheviques - Mariana Waechter; Óscar de Pablo

Marca: Veneta


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Elas viveram a revolução. Na Rússia czarista do início do século XX, as
camponesas eram praticamente escravas. Uma delas descreveu sua vida assim:
?A mulher é vista como uma besta de carga, trabalha toda a vida para seu
marido e sua família, suporta violências e todo o tipo de humilhações, mas
não importa, não tem para onde ir, está acorrentada ao casamento?. Nas
cidades a situação não era muito melhor: as operárias trabalhavam por até
14 horas por dia, sete dias por semana, sem licença maternidade. Como
consequência, dois terços dos bebês das trabalhadoras fabris morriam no
primeiro ano de vida. Assim, pode-se entender por que a promessa de uma
mudança radical, que virasse o mundo de cabeça pra baixo, levou tantas
mulheres a participarem da fundação do partido bolchevique. Este livro
conta a história de algumas dessas mulheres, que lideraram greves, pegaram
em armas, enfrentaram a prisão, a tortura, o exílio e a morte. Algumas
chegaram a fazer parte do comitê central do partido, ocuparam ministérios.
Inessa Armand dirigiu o Conselho Econômico de Moscou, Alexandra Kolontai
(uma das principais oradoras do partido) tornou-se a primeira embaixadora
do mundo, Angelika Balabanoff foi secretária geral da Internacional
Comunista, Evguenia Bosch não apenas comandou o Exército Vermelho na
Ucrânia, como também foi escolhida presidenta do país, a primeira mulher
eleita para encabeçar um governo na história moderna. Graças principalmente
a mulheres como elas, a legislação implementada no país depois da revolução
de 1917 foi a mais progressista que o mundo já vira. Descriminalizou toda
prática sexual voluntária entre adultos, incluindo a ?sodomia?, instaurou o
casamento civil e o direito ao divórcio, garantiu dois meses de licença
maternidade e não apenas descriminalizou o aborto como tornou obrigação do
Estado oferecê-lo gratuitamente. As mulheres passaram também a ter o
direito de uma licença menstrual de alguns dias por mês. Vários desses
avanços foram revertidos nas décadas seguintes e várias dessas mulheres não
sobreviveram às lutas internas que dilaceraram o partido. Mas o exemplo de
suas vidas dá uma nova visão do que foi a maior revolução do século XX.

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